Vidas Paralelas
Rodolfo Pamplona Filho
É possível incorporar
duas pessoas
ao mesmo tempo?
Viver duas rotinas
completamente
independentes?
Ser alguém de um jeito,
mas também outro sujeito
amarrados em um nó perfeito?
Ter uma vida dupla
sem qualquer culpa
ou sinal de luta,
pois se é feliz também,
sem prejudicar ninguém
ou causar mal a quem
está em cada lado da moeda,
sem nem imaginar a queda
de uma história outrora certa.
Tudo se resume, enfim,
em visualizar de forma diversa
aquilo que outros acham o fim,
mas, para você, é outra conversa:
uma realidade alternativa,
sem desculpa amarela
ou necessidade de justificativa
por uma vida paralela. |
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Salvador, 15 de maio de 2011.
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