sábado, 27 de novembro de 2010

Milk-Shake do Bob's

Milk-Shake do Bob's

Rodolfo Pamplona Filho

Sinto falta do seu carinho...
Sinto falta do meu cantinho...
Sinto falta de todo mundo...
Sinto falta de você...

Choro quando vejo um filme triste
Choro quando brigo com dedo em riste
Choro quando a melancolia persiste
Choro quando sua companhia inexiste

Sou...
um passarinho com fome no ninho
um abandonado chorando sozinho
uma criança esperando um abraço
alguém querendo estar em seus braços
Sou...
um Milk-Shake do Bob's

Salvador, 15 de setembro de 2010.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Por não ter você...

Por não ter você
Rodolfo Pamplona Filho

Se não posso tocar,
ver já será um alento...
Se não posso ver,
ouvir já será um alívio...
Se não posso ouvir,
ler um recado já será um consolo...
Se não posso ler,
contento-me em pensar em você...

Pensar em você
Consolo
Alívio
Alento
Tudo que vale um tento
para ter você...
por não ter você...

Salvador, 15 de setembro de 2010.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Encontro de Almas


Encontro de Almas
Rodolfo Pamplona Filho

Tenha certeza que...
estarei sempre disponível,
mesmo quando estiver ocupado...
estarei sempre perto,
mesmo quando estiver longe...
estarei sempre do seu lado,
mesmo quando isso seja impossível...

Começar um poema...
e ter alguém para completar...
Desabafar quando
não se pode fazer mais nada
e ter alguém para ouvir (ou ler)
esperando do outro lado...

O tempo não existe.
O tempo já passou.
O tempo é o que construirmos.
O tempo é nosso, para fazer o que quisermos...

Acho que descobrimos um amor sem sermos amantes...
um sentimento parecido com a paixão, na ânsia do contato...
um sentimento parecido com a atração, na vontade de um beijo ou um abraço...
um sentimento parecido com o tesão, no desejo de estar em seus braços...

Mas é muito mais do que isso...
É um encontro de almas...

Também não pretendo deixar de amar...
E quero tocar suas emoções e ouvir o seu chorar...
E acho que isso nos faz bem...

Estamos unidos...

Salvador, 15 de setembro de 2010.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Se eu morrer amanhã

Se eu morrer amanhã
Rodolfo Pamplona Filho

Se eu morrer amanhã,
não vão dizer que eu não tentei
aproveitar cada momento
e cada oportunidade
como se fosse a última
(até isso virar verdade...)

Se eu morrer amanhã,
não vão dizer que eu não lutei
para romper com a anestesia
do marasmo do dia-a-dia
e da mediocridade da acomodação
(até isso virar normal...)

Se eu morrer amanhã,
não vão dizer que eu não amei
cada pessoa com quem convivi,
fazendo com que cada encontro
fosse mais do que um simples bom dia
(até isso virar adeus...)

Se eu morrer amanhã
não vão dizer que eu não vivi
buscando poesia em cada palavra,
buscando amor em cada olhar,
buscando paz em cada lugar
(até isso virar passado...)

Salvador, 15 de setembro de 2010.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Fogo é a Única Certeza

O Fogo é a Única Certeza
Rodolfo Pamplona Filho

O Fogo é a única certeza
do fim de tudo que se quer
eliminar do campo da existência,
embora não se apague da lembrança...

O fogo consome tudo
até o que não se quer perder
como cada palavra vinda da alma
ou cada verso que acalma...

O fogo apaga os rastros
daquilo que é perigoso mostrar
por ser puro demais para ser entendido,
doloroso demais para ser sentido
e lindo demais para não causar ciúmes...

O fogo é a solução...

Salvador, 15 de setembro de 2010.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Rastro

Rastro
Rodolfo Pamplona Filho

Amor deixa rastro...
Eu te sinto em cada lugar que passa
como uma marca de um astro,
como o vinho procura a taça...

Eu não preciso te procurar...
Eu simplesmente sinto onde estás
como um GPS afetivo a funcionar
que me permite correr sempre atrás...

E, nesse caminho efêmero,
te desejo mais que o tempo
e te sinto no vento
de um sono ao relento...

Sinto teu cheiro, teu gosto,
teu corpo, teu pelo...
Vejo tua alma e teu rosto
do pé à ponta do cabelo.

Amor deixa rastro...
no ar, no chão...
no puro e casto
ou no velho colchão...

Amor deixa rastro...

Salvador, 13 de setembro de 2010.

domingo, 21 de novembro de 2010

Efeitos Colaterais

Efeitos Colaterais
Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música:

Sozinha novamente,
sinto uma falta diferente
de uma palavra quente
e um amor latente

morrendo de tédio
no silëncio do meu quarto,
eu clamo pelo afago
que tenho esperado

neste instante, apenas queria
deitar em seu colo
e isso me salvaria
de uma possível nostalgia
que insiste em me acompanhar
toda noite...todo dia...

REFRÃO
Vou dormir...
É a minha cura...
para não chorar mais..
Vou dormir...
Você deveria vir com bula,
indicando os efeitos colaterais...

Pode parecer ridículo,
mas pouco me importa,
porque sempre acredito
na bela história
de abraços sem intenções
de amores sem decepções...

Sozinha, você nunca estará
pois, no seu coração, estarei
e mesmo que possa me calar,
a semente do reencontro já plantei.

O tédio é didático,
pois ensina o que não se quer,
pois o afago é errático,
mas virá assim que der...

REFRÃO
Vou dormir...
É a minha cura...
para não chorar mais..
Vou dormir...
Você deveria vir com bula,
indicando os efeitos colaterais...

É hora de recebê-la em meus braços
e sentá-la em meu colo,
cobri-la de abraços
ou deitá-la no solo...

Ou ficar somente na palavra
que aquece alma e coração
e alivia a dor que se lavra
no livro da pura emoção...

Se dormir é a cura,
quero morrer doente:
comunhão de almas não tem bula
e só tem uma resposta urgente.

REFRÃO
Vou dormir...
É a minha cura...
para não chorar mais..
Vou dormir...
Você deveria vir com bula,
indicando os efeitos colaterais...

Compartilhar isso com você
me deixa tranqüila:
me encontro em seu ser
e não fico mais perdida

não que esteja triste
ou arrependida do meu caminho,
mas é impossível ficar imune
a um novo carinho.

REFRÃO
Vou dormir...
É a minha cura...
para não chorar mais..
Vou dormir...
Você deveria vir com bula,
indicando os efeitos colaterais...

Salvador, 12 de setembro de 2010.