Tantos anos de longas batalhas
Séculos de guerra contra a propria existência
O que achávamos que seria de nós? Povo imundo!
Melhor seria desconhecer a vida
Porque quando se sai da caverna
Tudo é pago com sangue
Sangue seu, ou pior, dos seus amores
E aqueles que te colocaram no inferno
Serão eles anjos da vida ou da morte?
Antes do nascimento seria impossível morrer
No final das contas,
estamos aqui apenas para deixar a horda.
E os jovens fantasiam: "vamos fugir da horda
ou talvez, mudá-la"
Pobres crianças, cheias de sonhos
Ainda não se encontraram na tribo
E tem tempo pra perder com bobagens
A horda é maior que o homem,
E maior que a própria horda
E já é hora de a deixarmos.
Viemos do nada e para lá voltaremos
Apesar de todas promessas da fé,
O ceticismo tem morada no homem
O medo é maior que a vontade
O ser é hipócrita, e a mínima dor
Engole as grandes alegrias
Quem afinal nós somos? E por que estamos aqui?
Somos filhos da horda
E morreremos de desgosto
Somos incapazes, impotentes e fracassados
Somos homens padecendo de vida
Pois já é tempo de deixar a horda.
Gabriel Braz
Feliciano
Nenhum comentário:
Postar um comentário