A
Diferença entre Engenhosidade e Inteligência
1 - O HOTELEIRO DE NEW YORK
O
gerente geral de uma cadeia hoteleira americana viajou pela segunda vez para
Seul no lapso de um ano; ao chegar ao hotel onde devia hospedar-se foi recebido
calorosamente com um "Bem-vindo novamente senhor, que bom vê-lo de volta
em nosso hotel". Duvidando de que o recepcionista tivesse tão boa memória
e surpreendido pela recepção, propôs-se que - no seu retorno a New York-
imporia igual sistema de tratamento ao cliente na cadeia hoteleira que
administrava.
No
seu regresso convocou e reuniu todos os seus gerentes pedindo-lhes para
desenvolver uma estratégia para tal pretensão. Os gerentes decidiram
implementar um software de reconhecimento de rostos, base de dados atualizada
dia a dia, câmaras especiais, com um tempo de resposta em micro segundos, assim
como a pertinente formação dos empregados, etc., cujo custo aproximado seria de
2.5 milhões de dólares. O gerente geral descartou a ideia devido aos elevados
custos.
Meses
depois, na sua terceira viagem a Seul, tendo sido recebido da mesma maneira,
ofereceu uma boa gratificação ao recepcionista para que lhe revelasse como o
faziam. O recepcionista disse-lhe então: “Repare senhor, aqui temos um acordo
com os taxistas do aeroporto; durante o trajeto eles perguntam ao passageiro se
já antes se hospedou neste hotel, e, se a resposta é afirmativa, eles, à
chegada ao Hotel, depositam as malas do hóspede do lado direito do balcão de
atendimento. Se o cliente chega pela primeira vez, as suas malas são colocadas
do lado esquerdo. O taxista é gratificado com um dólar pelo seu trabalho"
2
- O EMPACOTADOR DE SABONETES
Em
1970, um cidadão japonês enviou uma carta a uma fábrica de sabonetes de Tókio,
reclamando ter adquirido uma caixa de sabonetes que, ao abri-la, estava vazia.
A reclamação colocou em marcha todo um programa de gestão administrativa e operacional;
os engenheiros da fábrica receberam instruções para desenhar um sistema que
impedisse que este problema voltasse a repetir-se. Depois de muita discussão,
os engenheiros chegaram ao acordo de que o problema tinha sido desencadeado na
cadeia de empacotamento dos sabonetes, onde uma caixinha em movimento não foi
cheia com o sabonete respectivo.
Por
indicação dos engenheiros desenhou-se e instalou-se uma sofisticada máquina de
raios "X" com monitores de alta resolução, operada por dois
trabalhadores encarregados de vigiar todas as caixas de sabonete que saíam da
linha de empacotamento para que, dessa maneira se assegurasse de que nenhuma
ficaria vazia. O custo dessa máquina superou os 250,000 dólares.
Quando
a máquina de raios "X" começou a falhar ao fim de 5 meses de operação
nos três turnos da empresa, um trabalhador da área de empacotamento pediu
emprestado um ventilador de 50 dólares e o apontou para o final da passadeira
transportadora. À medida que as caixinhas avançavam nessa direção, as que
estavam vazias saíam voando da linha de empacotamento, por estarem mais leves.
3
- UMA CANETA PARA O ESPAÇO
Quando,
antes dos anos 60, a NASA iniciou o envio de astronautas para o espaço,
advertiram que as suas canetas não funcionariam à gravidade zero, dado que a
tinta não desceria à superfície onde se desejaria escrever.
Ao
fim de 6 anos de testes e investigações, que exigiu um gasto de 12 milhões de
dólares, conseguiram desenvolver uma esferográfica que funcionava em gravidade
zero, debaixo de água, sobre qualquer superfície incluindo vidro e num leque de
temperaturas que iam desde abaixo de zero até 300 graus centígrados.
Os
Russos, por seu lado, descartaram as canetas e, simplesmente deram lápis às
suas tripulações para que pudessem escrever sem problemas.
4 - UMA SOLUÇÃO PARA OS CORREIOS
No
século 19, um inglês comum, incomodado com o burocrático sistema de registro de
correspondência ao qual era submetido pelo correio inglês para cada carta que
despachava, mesmo sendo simples correspondência pessoal, desenvolveu uma ideia
para simplificar e desburocratizar o sistema de correios e o apresentou à
Câmara: a criação de um selo postal que retirava a necessidade do registro em
livro e numeração de cada envelope; um complexo sistema de registro.
A
Câmara para decidir sobre o assunto, chamou o Diretor dos Correios inglês, este
ao tomar conhecimento da proposta, a rejeitou totalmente, inclusive dizendo que
o Sr. que apresentou a proposta não entendia nada de Correios, e que se tal
sistema viesse a vigorar, o aumento do fluxo de correspondência superaria a
capacidade de funcionamento dos Correios, e que sequer o prédio onde este
funcionava teria capacidade para tal fluxo.
Felizmente, a mente prática e inteligente presente na Câmara ouviu o homem comum e não o
especialista, não só aprovou a ideia, como construiu um novo prédio para
comportar o novo fluxo.
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