Esses dias intermináveis, as horas não passam, consigo perceber
cada minuto, segundo no relógio que até parece uma eternidade.Tenho a dor e o
medo dentro de mim, que caminham lado-a-lado.Na espera incansável por algo que
não tem cor, nem cheiro e nem forma. Tenho em mim a angustia de estar presa
entre quatro paredes, olho pela janela e vejo um mundo enorme lá fora, uma
noite sem lua, uma rua nua. Sinto-me com um nó na garganta com gosto de sangue
que corre entre minhas veias, todos dormem, dormem, só ouço o ruído do vento.
Preciso da liberdade dos passáros, eles sim, são livres e tem o privilégio de não pensar. Carrego dentro de mim algo inconstante, que vai e volta, que é livre.
E a noite continua silenciosa, e, como toda noite é uma boa conselheira, ouço apenas o silêncio.A vida é o embalar de uma música, você só precisa pegar o ritmo dela.Quantas noites precisarão passar para que eu encontre o meu caminho?
Preciso da liberdade dos passáros, eles sim, são livres e tem o privilégio de não pensar. Carrego dentro de mim algo inconstante, que vai e volta, que é livre.
E a noite continua silenciosa, e, como toda noite é uma boa conselheira, ouço apenas o silêncio.A vida é o embalar de uma música, você só precisa pegar o ritmo dela.Quantas noites precisarão passar para que eu encontre o meu caminho?
Carla Luiza de Almeida
Cerqueira
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