segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Rastro

Rastro
Rodolfo Pamplona Filho

Amor deixa rastro...
Eu te sinto em cada lugar que passa
como uma marca de um astro,
como o vinho procura a taça...

Eu não preciso te procurar...
Eu simplesmente sinto onde estás
como um GPS afetivo a funcionar
que me permite correr sempre atrás...

E, nesse caminho efêmero,
te desejo mais que o tempo
e te sinto no vento
de um sono ao relento...

Sinto teu cheiro, teu gosto,
teu corpo, teu pelo...
Vejo tua alma e teu rosto
do pé à ponta do cabelo.

Amor deixa rastro...
no ar, no chão...
no puro e casto
ou no velho colchão...

Amor deixa rastro...

Salvador, 13 de setembro de 2010.

5 comentários:

  1. Gostei desse!! Poesia pura..uma verdadeira declaração...
    Lindo mesmo! Me arrepiei, viu?
    ps: ah! e a ilustração também é bem interessante!
    Beijos e parabéns!

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  2. Assino em baixo! A foto da bike caiu como uma luva ao poema.Certas "figurinhas" parecessem até que já esperavam por esse "album"!rs
    Bisous chéri!

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  3. Esse poema me fez lembrar daquela música: "O amor deixa marcas que não dá pra apagar..."
    É tão estranha a capacidade do ser humano gostar do outro sem limites, deixando rastros que nem o tempo, nem as mudanças conseguem apagar!Isso seria algo saudável? Boa pergunta...

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  4. Queridas Dea e Amandita
    É muito interessante mesmo a sensacao que as imagens despertam, muitas vezes em concepcoes ou prismas diversos dos originais...
    Amei escrever este poema! Ele é muito especial para mim!
    E as imagens (é um dos poucos poemas que me permiti postar 2 imagens) cairam como uma luva...
    Bjs

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  5. Elaine
    Nao tenha a menor duvida disso...
    E é saudavel, sim...
    Bjs

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