sábado, 3 de dezembro de 2022

Don’t Wait ‘Till Tomorrow What you Can do Today!!!

 




Don’t wait ‘till tomorrow what you can do today!!!

Don’t wait ‘till tomorrow what you can do today!!!


Have you ever thought

That your life is short

and death...

... it’s in your eyes!

You said you were the best,

Forgeting all your past,

You believed you’ll live forever...

...this is your sin!

Your home is the place

Of your own disgrace

You cant’t run out now,

SO GOOD BYE!!!


I’m your nightmare;

Your worst dream come true;

I’m the killer that’s waiting behind you!!!


Don’t wait ‘till tomorrow what you can do today!!!

Don’t wait ‘till tomorrow what you can do today!!!


Tears don’t touch me...

Dead, you won’t be free

I will chase your soul...

... ‘till end of times

It’s the point of no return

Don’t scream, you’re alone

Pray to your Lord, ‘cause...

...this is your fate

time is like sand

In a little boy’s hand

And your cycle is complete

You’ll DIE!!!


I’m your nightmare;

Your worst dream come true;

I’m the killer that’s waiting behind you!!!


Don’t wait ‘till tomorrow what you can do today!!!

Don’t wait ‘till tomorrow what you can do today!!!


I’m your nightmare;

Your worst dream come true;

I’m the killer that’s waiting behind you!!!


Close your eyes

And shut up your mouth

This song is over

‘cause you are dead!!!


(1992)

Letra: Rodolfo Pamplona Filho

Música: Rodolfo Ramirez e Cedric Romano

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Canção


 


Cecília Meireles



Pus o meu sonho num navio

e o navio em cima do mar;

- depois, abri o mar com as mãos,

para o meu sonho naufragar



Minhas mãos ainda estão molhadas

do azul das ondas entreabertas,

e a cor que escorre de meus dedos

colore as areias desertas.



O vento vem vindo de longe,

a noite se curva de frio;

debaixo da água vai morrendo

meu sonho, dentro de um navio...



Chorarei quanto for preciso,

para fazer com que o mar cresça,

e o meu navio chegue ao fundo

e o meu sonho desapareça.



Depois, tudo estará perfeito;

praia lisa, águas ordenadas,

meus olhos secos como pedras

e as minhas duas mãos quebradas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Children of the Streets

 



Rodolfo Pamplona Filho


They were born with no shelter,

Lived day by day!!!

They are the ones who know better

The real meaning of pain...


And when comes the night

And it’s dark the sky

They get ready to fight,

They get ready to die...


There’s no laughter in the city

When you find a child’s body

There’s no joke ‘n’ no pity

In the killer’s hours of glory


So, do you know what it means

To sleep out in the cold?

There’s no trouble that seems

Like your mind losing control.


There’s no smile in their faces

There’s no hope in their lifes

‘cause there’s no more places

Where they can live without lies...


As the sands of time grow old

And surviving turns to be a last chance

You’ll find: history has been already told

By the tears of children of the streets


(1991)

Letra: Rodolfo Pamplona Filho

Música: Flávio Maranhão

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Lembrança

 



Cláudia Barral


Te amo como a moça que arde em febre e não dorme

Por longos corredores desertos

Antes mesmo de te amar

Como a um filho

Como a um irmão

Como alguém partindo em breve

Como é o consentir

Como o momento em que acaba a missão de esperar

Como o sol nos pátios dos sanatórios, dos presídios e

            [entre rostos de vidro dos santos das catedrais

Como se sua voz fosse a luz

Como alguém que acabou de dar-se conta que é feito

                                              [somente de lembranças

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Sede de Viver

 



Rodolfo Pamplona Filho


Eu quero viver intensamente

como se fosse morrer de repente

sem nova chance, irremediavelmente...

Eu quero uma vida sem rotina

onde cada dia tenha a sina

de, do outro, ser diferente...


Eu quero nunca ficar sozinho,

mesmo que, alguns momentos,

eu precise estar só para pensar!

Eu quero dar atenção a todo elemento

que precisar de mim, para ajudar,

acreditando que, alguém, posso mudar!


Eu quero que minha mulher

seja simultânea mãe, parceira,

amante e companheira!

Eu quero acompanhar diariamente

o crescimento de meus filhos

e ser seu melhor amigo eternamente!


Eu quero colocar para fora

todos os sentimentos que guardo

no peito que trazem um gosto amargo!

Eu quero produzir tudo que outrora

programei, um dia, escrever,

plantar, compor, construir ou ler!


Eu quero me sentir desejado,

como nunca antes no passado,

e minha energia não sublimar...

Eu quero aprender a me vestir,

saber onde chegar e de onde vir

o que, com quem e como falar...


Eu quero fazer amor outra vez

com o desejo de quem nunca fez

e o conhecimento da experiência!

Eu quero chorar de felicidade

e sorrir na adversidade,

lutando pela sobrevivência!


Eu quero tudo isto e muito mais...

mesmo que digam que é olhar para trás,

eu não vou me importar,

pois tudo que der, eu vou fazer,

sem medo de tentar ou errar,

sem receio de me machucar,

na busca, finalmente, de saciar

minha recém-descoberta sede de viver.


Recife, 14 de janeiro de 2011.


segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Noite morta

 



Manuel Bandeira


Junto ao poste de iluminação

Os sapos engolem mosquitos.


Ninguém passa na estrada.

Nem um bêbado.


No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.

Sombras de todos os que passaram.

Os que ainda vivem e os que já morreram.


O córrego chora.

A voz da noite . . .


(Não desta noite, mas de outra maior.)


Petrópolis, 1921

domingo, 27 de novembro de 2022

Trava-Línguas

 



Rodolfo Pamplona Filho

Quando contar contos, conte quantos contos conta
e pergunte qual é o doce mais doce que o doce de batata-doce,
pois se o rato roeu a roupa do rei de roma
e o sabiá não sabia que a sabiá sabia assobiar;
se a aranha arranha a rã
e a gaivota, voando em volta, voava e virava de volta;
se o tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem,
tendo o tempo respondido pro tempo que o tempo tem o todo tempo que o tempo tem;
se mesmo que três traças tracem três trajes sem trégua
e entreguem três pratos de trigo para três tigres tristes;
por que o único verdadeiro trava-línguas é Treblebes?

Salvador, 15 de agosto de 2010