Rodolfo Pamplona Filho
Felicidade não é meta:
é a forma como se vive;
não é objeto, é o caminho;
não é aquilo que te falta e sim saber aproveitar aquilo que já se tem!
Orlando, 10 de janeiro de 2020.
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
Rodolfo Pamplona Filho
Felicidade não é meta:
é a forma como se vive;
não é objeto, é o caminho;
não é aquilo que te falta e sim saber aproveitar aquilo que já se tem!
Orlando, 10 de janeiro de 2020.
Paulo Leminski
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
Rodolfo Pamplona Filho
“Não quero falar!
Minha cabeça está cheia demais!
Cuido de todo mundo,
mas a prioridade agora sou eu!”
Este é o momento
em que todo diálogo morreu.
Salvador, 28 de dezembro de 2019.
Paulo Leminski
Apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que depois
de mim
de nós
de tudo
não reste mais
que o charme.
Pacto de um ano
Pacto de humanos
Compromisso firmado
Pacto selado
Assunção da missão
de busca da comunhão
de corpos e de almas
para, em salva de palmas,
consumar no papel
o que já foi acertado no céu.
San Andres, 18 de janeiro de 2024.
Barros Alves
Hoje eu senti a dor que abrasa os entes
Exposta em face exangue e mui sofrida;
Eu vi a dor que dilacera a vida,
Olhar de angústia, magras mãos trementes.
Vi de perto a miséria dos viventes
Sem pão, sem teto; alma combalida
A transportar a vida mal vivida
Dos desgraçados. Miseráveis gentes!
Acercou-se de mim. Pobre mendigo!
Mão estendida, triste olhar pedinte
Como se nem mais Deus lhe fosse ouvinte.
Desventura voz! Eu não consigo
Esquecê-la jamais. Voz que consome:
- Uma esmola, senhor, pois tenho fome...