sábado, 4 de dezembro de 2010

Se eu não fizer amor com você...

Se eu não fizer amor com você...

Rodolfo Pamplona Filho

Se eu não fizer amor com você...
Vou me sentir frustrado...
Vou me sentir limitado...
Vou me sentir abandonado...

Se meus lábios não tocarem os seus...
Não conhecerei o conforto da sua boca,
o gosto bom da sua saliva
e o balanço da sua língua...

Se nossos corpos não se abraçarem...
Não sentirei o roçar da sua pele,
o contato com a ponta dos seus seios
e a firmeza das suas costas...

Se meu corpo não pesar sobre o seu...
Não terei o prazer indescritível
de entrelaçar dedos e cabelos
e do encaixe perfeito e incrível
de dois que se tornam um...

Se eu não fizer amor com você...
Eu nunca serei completo...
Eu nunca serei desperto...
Eu nunca serei realmente feliz...

San Francisco, 25 de setembro de 2010.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O segundo poema feito por minha filha Marina (2010)



Colégio Anchieta
Marina de Araújo Pamplona
4º ano D
Concurso Literário do Colégio Anchieta
O Colégio Anchieta é muito legal.
As festas são cheias de música!
Por isso, tudo é sensacional!

Meu nome é Marina
e eu sou muito antiga
aqui no Colégio Anchieta.

Gosto muito de ler e escrever,
mas, o que eu mais gosto
é de aprender!

Aqui, no Anchieta, inventamos muitas brincadeiras:
jogar bola, pega-pega...
mas o que eu gosto mesmo é de ir na escorregadeira.

As crianças menores gostam de fazer melança
e eu acho muito divertido,
por que nós somos crianças!

2010, com 9 anos de idade...

Puxão de orelha virtual

----- Original Message -----
Sent: Wednesday, November 10, 2010 1:55 PM
Subject: Puxão de orelha virtual

Amigo, tou me segurando a um tempo para não te dizer algo, mas vou dizer, mesmo que vc fique zangado comigo!!

Acho linda a sua iniciativa de publicar seus textos, suas idéias. Sou muito a favor. Mas tenho dois comentários a fazer sobre isso:

O primeiro, é que vc não está seguindo BEM a rotina de um blog... Acho que aí a falha foi minha, que não lhe explicou bem. Vc deve responder os comentários das pessoas, nem que seja no próprio post do blog!! Isso faz parte de uma "netiqueta pra blogs". Se for algo muito pessoal, vc pode responder no email casdastrado ou no blog da pessoa, tb cadastrado. Como der. Mas é delicado fazer isso, não precisa ser sempre, nem imediatamente....
A blogosfera é um ambiente em que todo mundo interage, não adianta ter tantos seguidores se são apenas fãs seus, que lêem, comentam e a coisa para aí. Vc pode ser fonte de interação e produção de conhecimento "não-estático", e essa é a sacada. Isso sim seria "Pamplonar", não apenas colocar o texto pras pessoas dizerem "bonito", isso parece vaidoso demais e eu sei que isso não é vc! Vc é vaidoso, mas não é tanto assim! hahaha

A segunda, é que sinto falta de coisas realmente novas, pessoais... Acho que vc pode intercalar com os textos antigos, verdadeiras raridades, que tb adoro. Acho que vc pode introduzir sempre o post que taz um texto antigo, contando a história: esse poema é uma letra de música da Treblebes, e antes disso, vc pode escrever sobre a história da Treblebes, e daí, sempre que colocar uma nova música da banda, no lugar da palavra "Treblebes" vc cria um link pra esse texto antigo que explica a banda.

O texto da Ufba é ótimo, mas, ao postá-lo, vc podia falar umas linhas sobre a alegria atual de ensinar lá. Senti falta... Não sei, sinto falta de umas 10 linhas eventuais de PAMPLONA, real, não "revisado, ensaiado", sabe? Finge uma vez por semana que está na sala de aula, e solta o verbo!! Quero ver, quero ver!

Ah, vc tb não é obrigado a seguir o blog de todo mundo que te segue... Acho que sinceridade virtual tb é massa, vamos seguir só quem realmente curtimos. Não sei se vc está fazendo isso, mas só deixando registrado! rs Essa última eu descobri agora, essa moça colocou um post no blog dela sobre essa etiqueta dos blogs, acabei de ler, muito bom: http://flaviashiroma.blogspot.com/2010/10/porque-seus-comentarios-nao-sao.html

Beijosss saudosos, e não zangue muito comigo...

Helena.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O primeiro poema feito por minha filha Marina (2009)


Minha Infância
Marina de Araújo Pamplona
Quando era criança,
eu fiz uma melança,
brinquei numa escorregadeira,
fiz uma brincadeira.

Brinquei com um brinquedo
e, depois, fui no chiqueiro.
Brinquei de bola,
não tenho uma mola.

Fiz amigo,
comi um figo.
Fui para a escola.
Carreguei uma bola.

2009, com oito anos de idade...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Castro Street


Castro Street

Rodolfo Pamplona Filho

I wanna be in a place
that I can be myself,
where I won’t be afraid
to love who I want,
the way I want,
when and where I want...

Blocks of freedom and happiness:
everyone has to visit this Mecca
once in a life...
Inspiration, liberation, destiny...
It’s a sine without sin,
love power felt in your skin...

I’m proud to be myself
I’m proud to be alive
I want to live forever
‘cause forever is
what is in your mind
and what do you have pride
in your life...

“I am what I am”...

Castro Street – San Francisco, 24 de setembro de 2010, compreendendo a liberdade...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pranto Oceânico

Pranto Oceânico

Vidas sem rumo, seres do mar
Seu destino está traçado no ar
Nas praias, anjos encalhados
Vossos lares, nossos lares
(Homem no mar!)

Restos mortais do que era vivo
São compreendidos e esquecidos
Com ganchos e arpões, seres ternos
Se tornam vítimas da jornada do inferno

Predadores à solta, inocentes à disposição
Vítimas do holocausto, dessa situação
Indiscriminadamente, nossos seres serão
fadados eternamente à total destruição

Vidas sem rumo, seres do mar
Seu destino está traçado no ar
Nas praias, anjos encalhados
Nossos lares, nossos lares
(Homem no mar!)

Golfinhos...
... massacrados
Focas...
... estraçalhadas
Pingüins...
... destroçados
É isto que queremos?
Este é o mundo em que vivemos!



Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música: Cedric Romano, Marcos Ikeda e Rodolfo Pamplona Filho
(1988)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ele não diz "Eu te amo"


Ele não diz "Eu te amo"

Rodolfo Pamplona Filho

Eu disse “Eu te amo” para ele
mas ele apenas diz: também!
Eu pergunto se ele me ama de verdade
mas ele apenas diz: sim, meu bem!
Eu o convido para partilhar uma vida
mas ele apenas diz: OK!

Será que há algo de errado com ele?
Será que há algo de errado comigo?
Por que será que as palavras não fluem
da mesma forma em ambos os lados?

Objetivamente, não há de que se queixar...
A resposta é sempre positiva...
Mas falta algo...
...que eu não sei...

Porque as mulheres são tão complicadas?
O contato e o carinho demonstrados
deveriam suprir as palavras dadas
pois amor se faz nos detalhes raros...

Não há nada errado em falar,
mas é errado pensar
que três palavrinhas podem suprir
uma infinidade de sentimento por vir...

Confesso que sinto amor e beleza...
Confesso que é pleno e duradouro...
E palavras não trazem certeza
como se verdade se escrevesse em ouro...

O que posso dizer
para a mulher que amo?
“O amor é paciente, querida...
... é pena que as mulheres não são”.

Porque os homens são tão insensíveis?
Não se agrada somente com a casca!
É preciso buscar a essência
e tudo mais que nos basta...

Não se trata de certo ou errado,
mas de saber o que agrada o outro
com um carinho verbalizado
tão gostoso como o amor solto...

Confesso que também sinto o belo amor!
Também tenho certeza de que é pleno e duradouro!
Afinal, não há lugar onde estou
para sentimentos não bordados em ouro...

O que posso dizer
para o homem que amo?
“O amor é explícito, querido...
...é pena que os homens não são”.


Salvador, 18 de setembro de 2010.

domingo, 28 de novembro de 2010

Correndo Riscos

Correndo Riscos

Rodolfo Pamplona Filho
Nada na vida é simples:
viver não é simples,
viver é um risco,
que se corre, não por falta de opção,
mas por entusiasmo
por vontade
por necessidade
por sede
por fome
por desejo
de viver...

Eu só quero descobrir porque você me faz tão bem...
E, em um abraço, me deixa sem ar...
Sensação que, se fechar os olhos e pensar, tenho novamente...
E sinto seu cheiro, como se você ainda estivesse aqui...
E, mesmo querendo sentir, digo que é horrível,
pois é minha forma de proteção...
É o medo...
...de correr riscos...
Salvador, 16 de setembro de 2010.