sábado, 20 de junho de 2020

Pra ti inteira






Como faço para provar que te amei
Depois de tudo o que fiz?
Sabia que era bom o seu amor.
Tinha certeza de que sempre te amei,

Mas ao mundo sempre me entreguei.
Convite à tantos caminhos,
Que nunca deixei de experimentar.
Eu preferi viver e, um dia, voltaria pra te amar 

Fui até mesmo à “Saigon”,
Com “Sonho de Ícaro” voei,
Mergulhei no “azul piscinaaaa”,
“Dancei na chuva”...It was rainning.
A “prata caindo sem parar”
“Esqueci que amar podia ser quase dor”
E nada “será igual ao que já foi um dia”

Agora, diante de ti, 
Vejo o quanto sofreu 
À espera de que o meu eu, um dia, dissesse pra mim: - Se há hora certa é agora! - 
Voltei! - Estou toda pra ti!

A prova de amor ideal... 
Busquei, mas não encontrei. 
Contigo passo a construir,
Se ainda quiseres comigo seguir.

O alicerce é o nosso antigo amor,
Que sempre me acompanhou
Até eu querer estar inteira:
De alma e corpo pra ti.

Negra Luz

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Nascer é difícil!





Rodolfo Pamplona Filho

A gente sai
de um lugar protegido
para algo novo.
Faz com que
a pessoa que mais nos ama
sinta dor.
Mas quando um bebê nasce,
é uma grande festa,
uma alegria para todos.
É uma mudança de vida
que mexe com todo mundo,
mas viver vale a pena!
Viva, meu amor!
Não tenha medo de viver!

Salvador, 22 de março de 2018.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

O amor puro e os sentidos




O amor puro,

Desintoxicado da paixão,

À parte do desejo,

É chama sem dimensão 



Sua imagem?

Um coração alado,

Com anjos de flechas empunhados

Ramalhetes e flores na mão 



Ecoa o som que pulsa

Da bomba de vida oculta 

Para mim epicentro de tudo

A alma do coração



O cheiro é fresco.

Orvalho!

Gota a gota, oásis , cenário!

Ressurge a cada manhã



O sabor que inspira?

Água de coco, suco de luz

Beiju de goiabada com queijo, enrolado

Lembra-me do amor de Julieta e Romeu sem o escárnio 



O mais puro amor expedicionário,

Sem as manha se artes da razão.

O que é, para muitos, ilusão 

Para mim, certeza: já foi perfume do meu coração.



Negra Luz

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Nossa Sina




Rodolfo Pamplona Filho

Nossa sina
em um mundo
que nos estranha
é somente sofrer
com a nossa carência
e a insensibilidade alheia:
assim, temos que viver
e aprender a lidar
com nossas catástrofes
e paraísos diários.

Brasília, 09 de outubro de 2018.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Com os quatro elementos




Eu preciso mergulhar nos meus abissais
Deixar-me confrontar com os recifes
Ir à crista
Me quebrar 
E me render

Eu preciso alcançar a rocha oculta
Fragmentar, em seixos, a culpa
Reagir
Confiar 
E transcender

Eu preciso do furacão de vida
A redesenhar meus sentimentos
Entender o meu momento 
Tornar-me brisa
E amanhecer 

Eu preciso da larva quente do desejo
Que se acende com um beijo
Se é chama, que queime o meu peito
Gerar fumaça e fogo
E, só assim, dizer amar você.

Negra Luz

segunda-feira, 15 de junho de 2020

A Alma Doente





Rodolfo Pamplona Filho

O corpo dói
e pede ajuda
a quem sequer sentiu
a força da dor na alma.

A cabeça lateja
e reclama
de quem não viveu
a intensidade da alma.

O espírito fraqueja
e rasteja
por não conhecer
a cura da doença da alma.


Praia do Forte, 24 de junho de 2018.

domingo, 14 de junho de 2020

Diamante Amor






Eu te tenho todos os dias.
Sempre igual!
Me aquece.
Me acorda.
Se faz manhã dia após dia!

Quando oculto, troco a noite.
Segue o dia.
E, eu...
Vendo estrelas da manhã,
Sigo a luz do meu guia.

De rotação em rotação,
Um translado pela vida.
Gira a roda.
Nada fica.
Só pegadas,
Lembranças de chegadas e de partidas,
Entre orvalhos soluçados pelo viver.

Frágeis correntes se quebram.
Foices teimam laminar, 
Como água em pedra dura.
Os elos em rocha...
Diamante!

O amor,
E sua resistência permeável,
Se faz perfume.
Bálsamo!
Eterniza-se na visão de uma flor.

Transitória existência.
Eterno na essência.
Sobrevivente.
Raio de sol.
Britânico no seu estar.

Goteja-me!
Torturador de feridas.
Infravermelho.
Curativo às escaras.

Eternizam-se tatuagens do existir,
Que, parado no tempo,
Risca, como o Zorro, 
A pele da alma carente de afagos.

Agora.
Singular.
O amor, onda no rio-viver,
Segue-se o curso,
Cujo leito é o meu ser,
Cuja foz não paguei pra ver
E queima...
Como queima!

Negra Luz