sábado, 18 de setembro de 2010

Beer and Chips (We are so Drunk!!!)

Beer and Chips (We are so Drunk!!!)

My mom tells to me that I have to stop drinking
My dad tells to me that I have to stop drinking
But why can I obey if I love beer and chips
So I close my ears to not hurt our feelings

We thank a lot your worries
And the same about your advices
But we can’t listen your complains:
We are so drunk!!!

No matter if you give me Heineken ou Brahma
No matter if you give me Antartica or Kaiser
We only want that our glasses always heep full
And chips come together with salt and ketchup

Whe thank a lot your worries
And the same about your advices
But we can’t listen your complains:
We are so drunk!!!

(1992)
Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música: Rodolfo Ramirez e Cedric Romano

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Priscas Eras

Priscas Eras
Rodolfo Pamplona Filho

Datilografia na época do PC
Lado B na época do CD
Limpar cabeçote em DVD

Comprar na Mesbla ou Sandiz
Ouvir compacto ou LP
Trocar o tubo da TV

Trocar agulha de radiola
Rodar a fita cassete
Gravar o arquivo em disquete

Andar de Fusca ou Fiat 147
Limpar carburador
Usar estilete como apontador

Ergométrica em vez de spinning
Telex para quem tem fax
Bip em vez de Torpedo

Passar creme rinse
Usar relógio-calculadora,
Jogar Odyssey ou Atari

Viajar de Vasp ou Transbrasil
Embalar saco de “Paes Mendonça”
Cair a ficha do orelhão...

Ver Zico jogando no Maraca
Regra de nove, taboada
DNA – data de nascimento avançada

Salvador, 04 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Cachorro da Minha Infância

O Cachorro da Minha Infância
Rodolfo Pamplona Filho

O cachorro da minha infância
me ensinou muito mais do que eu poderia ensiná-lo.
Aprendi, com ele, que lealdade e amor não têm preço;
que é possível estar só no meio de um mundo de gente;
e que nunca se é só se há um amigo do lado...

Aprendi que não é loucura conversar sozinho,
pois haverá quem sempre entenda com um olhar
o sentimento de quem não consegue expressar
em palavras o que se carrega dentro do peito
como um segredo que se tem medo de compartilhar...

Aprendi que não é preciso morar junto
para ter a sensação que o outro faz parte da sua vida;
que conviver é a arte do respeito à diferença
e que a alegria do reencontro é a retomada
de uma estrada que nunca foi interrompida...

Aprendi que uma boa caminhada ajuda
a colocar muitas idéias no seu devido lugar...
que hora de carinho é hora somente de carinho,
sem me preocupar com quem está em volta...
e hora de brigar é hora de rosnar e colocar os dentes para fora...

Aprendi que companheirismo significou muito mais
do que comer o mesmo pão junto...
Foi brincar de dois amigos contra o mundo,
dois heróis contra o universo,
dois corações irmanados sem filtros da razão.

Tudo isso eu poderia aprender sozinho
ou com qualquer outro ser humano,
lendo, amando ou simplesmente vivendo...
mas, na verdade, foi mesmo convivendo
com quem, para mim, era muito mais do que gente:
O cachorro da minha infância...

Para Linho (1980-983) e Trois (1985-1990), os cachorros da minha infância
Campina Grande, 08 de maio de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quebra de Confiança

Quebra de Confiança
Rodolfo Pamplona Filho

Eu quero te falar sobre confiança,
sobre a alma pura e o sorriso de criança,
algo que não se outorga por decreto,
o preto no branco, o caminho reto...

o que não vejo no discurso do político,
o que carece no olhar simplesmente crítico,
o que não existe no falso pregador,
o que falta a quem não arrisca por medo da dor...

A palavra inspira, mas o exemplo arrasta...
Fé não se compra em banco de praça...
A Promessa não é frase jogada ao vento,
é obra construída em processo lento...

Lealdade é ter coragem
de falar a verdade quando machuca.
Fidelidade é olhar a paisagem
com a certeza de ter parceiro na luta.

Desabafar sem receio de dizer
o que pode ser usado contra você...
Convicção, entrega, cumplicidade,
descanso sereno em qualquer idade.



Salvador, 11 de abril de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dezoito anos

Dezoito anos
Rodolfo Pamplona Filho

Dezoito anos não são dezoito dias,
muito menos dezoito meses...
Não há espaço para conversas vazias,
Nem para tentar mais outras vezes.

É o tempo de toda uma vida,
que passa em um segundo,
como o piscar de olhos de um suicida,
que, em um breve momento, vê todo o mundo...

Em dezoito anos, não há mais canto do corpo a descobrir,
nem desculpa barata a se inventar,
nem máscara alguma que se possa vestir
ou caminho novo a se trilhar...

Amigos vêm e vão...
Repensa-se o Bem e o Mal...
A morte não é mais uma idéia,
mas, sim, uma visita habitual...

Neste intervalo, muita coisa vai acontecer:
o peso mudar, o cabelo embraquecer,
só não muda a sorte de escolher
alguém para junto envelhecer...

Onde você espera estar daqui a dezoito anos?
Eu não sei quais serão meus passos...
Talvez seja muito tempo para fazer planos,
só sei que quero estar em seus braços...

Salvador, 10 de maio de 2010 (aniversário de 18 anos de namoro)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Paradoxos

Paradoxos
Rodolfo Pamplona Filho

A pólvora foi criada para ajudar na caça e na remoção de obstáculos para edificações...
... não para matar...

A faca foi criada para cortar comida e auxiliar no trabalho
... não para matar...

O remédio foi criado para curar doenças
... não para matar...

A guilhotina foi criada para cortar papéis e outros materiais
... não para matar...

O automóvel foi criado para facilitar o transporte das pessoas...
... não para matar...

O avião foi criado para fazer deslocamentos por grandes distâncias
... não para matar...

O homem nasce para ser feliz e fazer os outros felizes...
... não para matar...
... não para se matar...
... não para não amar...

Maceió, 03 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Cumprindo a primeira parte da última promessa

Prezados

Em 12 de setembro de 2010, cumpro a primeira parte da última promessa feita neste blog, qual seja, repostar todos os poemas já divulgados aqui no blog até 22/08/2010 e que não tenham sido objeto de comentários.
Claro que isto acabou gerando uma outra tentação, pois muitos deles passaram a ser comentados e, aí, fiquei com vontade de repostar todos os demais que não tinha sido comentados...
Claro que isto geraria um potencial ciclo infinito, atrasando a divulgação de textos novos, caso os textos antigos não fossem prestigiados...
Assim sendo, decidi fazer o seguinte: cumprir a segunda parte da última promessa!
E qual foi ela?
Postar aqui todos os meus poemas e letras de música, muitos deles já constantes da comunidade da Treblebes no orkut, mas que ainda não tinham sido aqui divulgados.
Assim, terei toda a minha produção poética que me recordo neste blog.
A menção a "que me recordo" é porque eu sempre tive alguma facilidade com a palavra escrita e devo ter feito vários outros poemas ou letras de músicas que, infelizmente, se perderam nas areias do tempo e nas gavetas do esquecimento...
A novidade, porém, é que estou aprendendo realmente a mexer neste blog e descobri que posso fazer programações de posts.
Desta forma, este texto, de verdade, está sendo escrito em 04/09, mas após fazer a programação de postagens de todos os textos prometidos até 12/09.
Agora, vou fazer a programação de postagem de todos os demais textos meus, como poemas e letras de música. Confesso que estou achando isso divertido, pois nem saberei se estarei vivo quando o último texto for postado, o que, pelas minhas contas, deve ser lá pelo dia 25/10/2010... Isso se eu não inventar nada até lá, o que, aparentemente, é pouco provável...
No final das contas, pode ser uma forma de se manter vivo (até escrevi algo assim em um poema chamado Testamento. Confira lá!).
Quando eu terminar de fazer todas as programações de postagens, farei um novo texto, que, imagino, também tenha esta característica de estar falando sobre algo do futuro...
Vou programar este texto também, ainda a ser escrito, para quando terminarem todos os poemas programados (e os que eu escrever até lá...)
O que acontecerá até lá?
Sei lá...
Aguardemos...
Beijos e abraços a todos,

RPF

P.S.: Da mesma forma que fiz até agora, toda vez que eu tiver um texto novo, vou postá-lo em lugar de um antigo, mudando a programação, se for o caso, de forma que garanta o cumprimento da promessa de um poema por dia...

Fantasia Fugaz II

Fantasia Fugaz II

Loucos são os que pensam
Haver padrões para uma mente
Destroços de cultura
De um mundo tão doente
Homem: ser ambíguo
Pois sua sina é a incerteza
Fruto produzido em sua própria natureza
Sem respostas, cem questões
No infinito das ilusões

Fronteiras do Inconsciente
São como sonhos: tênues linhas
As mudanças de lágrimas para risos
Têm a complexidade da noite para o dia
da tristeza para alegria

Vida, margens duma porção,
Um todo preenchendo metade,
O ciclo da dualidade
Lucidez e Loucura,
Tangentes da Razão,
Mas são frágeis correntes entrelaçadas
Numa mesma...
... canção!

Fantasia fugaz fluindo...
... como uma...
... canção!!!
Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música: Jorge Pigeard
(1992)